sábado, março 6


Tu foste... eu fui, não sei onde no meio do nada
Dançamos a valsa do silêncio
Enquanto embalávamos calmamente os nossos corpos naquela doce melodia
Tu és o que eu
pensei
Talvez até o que idealizei
Apenas sentia, a tua presença no meu caminho
E tu ficavas, talvez por não saberes partir
Talvez pela vontade de mais uma dança

Aquela verdade que subia a boca
Enquanto nas pedras da calçada se curava a dita ferida
Que invadia a alma tão penetrantemente quanto possível
Algures noutra verdade isto não passa da lei da vida
Que se joga sem nenhuma razão... Só porque sim
Eu senti o que tu sentias... tão inconscientemente como uma
criança
Quis chamar a atenção por vezes sem justificação
Apenas para te ver encarnar nesse teu padrão
Que tanto julgas ser infalível
Afinal não passámos daquilo que somos...
Simplesmente porque sim.


S.W

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